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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cerca de 80 mil vão às ruas de Fortaleza para protestar contra os altos investimentos na Copa

Por Camila Chaves, de FORTALEZA

No dia em que o Brasil entrou em campo para jogar contra o México pela Copa das Confederações, dezenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas de Fortaleza para protestar contra os altos gastos dos governos em megaeventos como a Copa do Mundo e o pouco investimento na saúde, transporte e educação.

Em todo o país, até abril de 2013, foram gastos R$ 7 bilhões em reformas e construção de estádios. Desse montante, 97,3% foi retirado dos cofres públicos e entregue nas mãos das construtoras. No Ceará, a reforma do Castelão, custou R$ 518 milhões e será administrado por grandes empresas, como a Galvão Engenharia e Andrade Mendonça.

Enquanto a juventude e os trabalhadores cearenses sofrem nas filas dos hospitais e com as péssimas condições da educação decorrentes do pouco investimento, o governo de Cid Gomes (PSB) deve entregar R$ 407 mil, mensalmente, para a administração do estádio Castelão. Contra esta política, o grande ato protagonizado hoje foi bastante vitorioso.

A repressão e o apartidarismo

Foto: foxsports.com.br
Não diferente do que aconteceu em outras capitais do país, em Fortaleza, a manifestação que se dava de forma pacífica também foi duramente reprimida pelo governo. Com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha, a Polícia Militar dispersou os manifestantes que marchavam inicialmente pela Av. Alberto Craveiro e, em seguida, interditaram a BR-116.

Infelizmente, o sentimento antipartido, impulsionado pela direita e por alguns setores da imprensa, esteve fortemente presente no ato e contribuiu para a confusão e divisão do movimento. Além dos partidos políticos, entidades sindicais, populares, estudantis e movimentos sociais foram impedidos de empunhar suas bandeiras e intimidados durante o decorrer do ato.

Nova manifestação

As manifestações seguem em Fortaleza, como a que está prevista para a tarde de quinta-feira, 20 de junho. Neste dia, a juventude vai às ruas reivindicar da prefeitura de Roberto Cláudio (PSB) a entrega imediata das carteirinhas que garantem a meia entrada estudantil. O PSTU participa dessa construção e estará presente nesta luta.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Em Fortaleza, tribuna livre marca dia nacional de mobilizações do PSTU

Por Camila Chaves, de FORTALEZA

A saída da aula ou do trabalho de centenas de jovens e trabalhadores da capital cearense foi marcada pela atividade política organizada pelo PSTU no final da tarde de quinta-feira, 12 de junho. Com panfletos, bandeiras, faixa e caixa de som, o partido foi às ruas denunciar a inflação e reivindicar o congelamento do preço da cesta básica, além de um plano econômico a serviço dos trabalhadores.

Durante o mês de maio, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o fortalezense teve que gastar R$296,82 para comprar a cesta básica, o que equivale a 43,7% do salário mínimo, sem contar os descontos. Esse preço ultrapassa em mais de R$60 o valor necessário para adquirir os mesmos itens durante maio do ano passado.

“Hoje, em nossa cidade, diversas categorias estão em campanha salarial. São costureiras, rodoviários, trabalhadoras e trabalhadores da construção civil em mobilização por reajustes salariais e melhores condições de vida. Nós do PSTU participamos dessas lutas porque acreditamos que essa é uma forma que os trabalhadores têm de garantir seu poder de compra e exigir de Dilma que modifique sua política econômica e congele o preço dos alimentos”, afirmou Gonzaga.

O espaço serviu também para apresentar à população um balanço sobre os primeiros meses da gestão de Roberto Cláudio (PSB) na prefeitura da capital. Mesmo com o apoio do governador Cid Gomes e da presidenta Dilma, a atual gestão nada fez para melhorar a vida do fortalezense, e algumas provas disso são a manutenção do aumento da tarifa de ônibus implementada pela ex-prefeita Luizianne Lins (PT) e a demissão de mais de três mil trabalhadores terceirizados.

A população recebeu bem a atividade. Nos ônibus lotados com a proximidade das 18 horas, os passageiros pediam panfletos e observavam atentos a movimentação que se fazia na calçada. No microfone, nossa militância questionava: “Já se passaram cinco meses do governo Roberto Cláudio. Nós vemos os postos de saúde sucateados, o transporte público lotado, a falta de segurança na cidade e nos perguntamos, o que melhorou?” Uma trabalhadora de passagem, após pegar o panfleto respondia: “Não melhorou nada!”.

Em Fortaleza, as tribunas livres acontecerão mensalmente em um ponto da cidade como modo de oferecer às trabalhadoras e trabalhadores onde eles possam expressar sua indignação e cobrar políticas públicas dos governantes que tratam com descaso suas principais necessidades. A atividade acontecerá mensalmente em um ponto da cidade com o objetivo de apresentar o programa do PSTU como alternativa à juventude e aos trabalhadores. Participe!

Confira o boletim regional do PSTU distribuído durante a atividade realizada em Fortaleza: http://goo.gl/XI0Hu 

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Este é o blog do PSTU em Fortaleza. Confira aqui debates, agendas, dê sugestões e ajude a fortalecer um projeto classista e socialista.
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