Por Camila Chaves, de FORTALEZA
No dia em que o Brasil entrou em campo para jogar contra o México pela Copa das Confederações, dezenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas de Fortaleza para protestar contra os altos gastos dos governos em megaeventos como a Copa do Mundo e o pouco investimento na saúde, transporte e educação.
Em todo o país, até abril de 2013, foram gastos R$ 7 bilhões em reformas e construção de estádios. Desse montante, 97,3% foi retirado dos cofres públicos e entregue nas mãos das construtoras. No Ceará, a reforma do Castelão, custou R$ 518 milhões e será administrado por grandes empresas, como a Galvão Engenharia e Andrade Mendonça.
Enquanto a juventude e os trabalhadores cearenses sofrem nas filas dos hospitais e com as péssimas condições da educação decorrentes do pouco investimento, o governo de Cid Gomes (PSB) deve entregar R$ 407 mil, mensalmente, para a administração do estádio Castelão. Contra esta política, o grande ato protagonizado hoje foi bastante vitorioso.
A repressão e o apartidarismo
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Foto: foxsports.com.br |
Infelizmente, o sentimento antipartido, impulsionado pela direita e por alguns setores da imprensa, esteve fortemente presente no ato e contribuiu para a confusão e divisão do movimento. Além dos partidos políticos, entidades sindicais, populares, estudantis e movimentos sociais foram impedidos de empunhar suas bandeiras e intimidados durante o decorrer do ato.
Nova manifestação
Nova manifestação
As manifestações seguem em Fortaleza, como a que está prevista para a tarde de quinta-feira, 20 de junho. Neste dia, a juventude vai às ruas reivindicar da prefeitura de Roberto Cláudio (PSB) a entrega imediata das carteirinhas que garantem a meia entrada estudantil. O PSTU participa dessa construção e estará presente nesta luta.
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