Gostaríamos, por meio desta nota, lamentar o pronunciamento do Sr. Inspetor Gustavo Simplício Moreira, presidente da Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Estado do Ceará, sobre as opiniões do candidato a prefeito de Fortaleza pelo PSTU, Francisco Gonzaga. Entrevistado pelo programa Coletiva da TV O POVO de 19 de julho de 2012, o operário foi indagado acerca do seu posicionamento sobre armar ou não a guarda municipal. (Clique aqui para ler)
Gonzaga apresentou o programa do nosso partido sobre o tema: somos contra o armamento da guarda municipal; e somos a favor que ela contemple dois aspectos importantes da segurança pública: cuidar do patrimônio, aproveitando-se desta tarefa para educar a população no que concerne a preservação do patrimônio público.
Não entendemos que o problema da violência se combate com mais armamento e mais repressão. Diga-se de passagem, essa é a política em curso no país. E o resultado dela está aí para todo mundo ver. Basta analisar os dados do Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes. O estudo comprova o aumento da violência generalizada em todo o país sob a égide da política atual do medo, ocupação das comunidades pobres, higienização social dos centros urbanos e aumento da repressão.
Além disso, defendemos a desmilitarização da atual estrutura da polícia; o direito de greve e sindicalização aos policiais; e a criação de uma polícia civil única bem remunerada, com um plano de carreiras atraentes e bem equipada para a realização de trabalho de primeiros socorros, preventivo, investigativo e educativo. Tudo isso apoiado na construção de grupos de combate à violência por bairro. Dentro dessa estrutura, pensamos que o papel da guarda deve ser aquele que mencionamos acima.
Como um partido que apresenta um programa socialista, somos conscientes do quão difícil é a tarefa de apresentar-se como diferente em uma sociedade que tem o lucro como prioridade, em detrimento das pessoas e de uma vida verdadeiramente digna. Respeitamos as opiniões alheias às nossas e temos estado dispostos a debater quaisquer que sejam. O inverso disso, porém, foi o que fez o Sr. Inspetor Gustavo Simplício Moreira que, para debater a opinião do nosso candidato, se utilizou de algo bastante comum na história de nosso país: o preconceito de classe temperado com uma pitada de discriminação ao baixo nível de escolaridade das pessoas.
O não armamento letal para as guardas municipais é defendido por vários organizações de direitos humanos, especialistas em segurança e, inclusive candidatos. Duvidamos muito que, se essa política, fosse defendida por um acadêmico especializado no tema, o presidente em exercício da Aprospec, lhe teria dirigia a palavra de forma discriminatória. A ofensa ao Gonzaga é uma ofensa a toda classe trabalhadora que teve e tem dificuldades de ascender em seu nível de escolaridade.
Pensamos que a opinião do Sr Simplício é pessoal e não da Aprospec. Estivemos presentes na recente e heroica greve dos trabalhadores em segurança pública do estado. Reforçamos nossos votos e compromisso com a luta dos policiais e bombeiros militares, assim como dos trabalhadores e trabalhadoras da polícia civil, que demonstraram que o caminho da organização e da mobilização é legítimo para aqueles lutam por uma vida melhor.
Fortaleza, 20 de julho de 2012
Direção Municipal do PSTU
Gonzaga apresentou o programa do nosso partido sobre o tema: somos contra o armamento da guarda municipal; e somos a favor que ela contemple dois aspectos importantes da segurança pública: cuidar do patrimônio, aproveitando-se desta tarefa para educar a população no que concerne a preservação do patrimônio público.
Não entendemos que o problema da violência se combate com mais armamento e mais repressão. Diga-se de passagem, essa é a política em curso no país. E o resultado dela está aí para todo mundo ver. Basta analisar os dados do Mapa da Violência 2012 – Crianças e Adolescentes. O estudo comprova o aumento da violência generalizada em todo o país sob a égide da política atual do medo, ocupação das comunidades pobres, higienização social dos centros urbanos e aumento da repressão.
Além disso, defendemos a desmilitarização da atual estrutura da polícia; o direito de greve e sindicalização aos policiais; e a criação de uma polícia civil única bem remunerada, com um plano de carreiras atraentes e bem equipada para a realização de trabalho de primeiros socorros, preventivo, investigativo e educativo. Tudo isso apoiado na construção de grupos de combate à violência por bairro. Dentro dessa estrutura, pensamos que o papel da guarda deve ser aquele que mencionamos acima.
Como um partido que apresenta um programa socialista, somos conscientes do quão difícil é a tarefa de apresentar-se como diferente em uma sociedade que tem o lucro como prioridade, em detrimento das pessoas e de uma vida verdadeiramente digna. Respeitamos as opiniões alheias às nossas e temos estado dispostos a debater quaisquer que sejam. O inverso disso, porém, foi o que fez o Sr. Inspetor Gustavo Simplício Moreira que, para debater a opinião do nosso candidato, se utilizou de algo bastante comum na história de nosso país: o preconceito de classe temperado com uma pitada de discriminação ao baixo nível de escolaridade das pessoas.
O não armamento letal para as guardas municipais é defendido por vários organizações de direitos humanos, especialistas em segurança e, inclusive candidatos. Duvidamos muito que, se essa política, fosse defendida por um acadêmico especializado no tema, o presidente em exercício da Aprospec, lhe teria dirigia a palavra de forma discriminatória. A ofensa ao Gonzaga é uma ofensa a toda classe trabalhadora que teve e tem dificuldades de ascender em seu nível de escolaridade.
Pensamos que a opinião do Sr Simplício é pessoal e não da Aprospec. Estivemos presentes na recente e heroica greve dos trabalhadores em segurança pública do estado. Reforçamos nossos votos e compromisso com a luta dos policiais e bombeiros militares, assim como dos trabalhadores e trabalhadoras da polícia civil, que demonstraram que o caminho da organização e da mobilização é legítimo para aqueles lutam por uma vida melhor.
Fortaleza, 20 de julho de 2012
Direção Municipal do PSTU
Nenhum comentário:
Postar um comentário