A intransigência do governo Dilma não vem sendo capaz de acabar com a greve do funcionalismo público federal, que se prolonga há mais de dois meses como no caso das universidades. . É uma provocação Dilma dizer que negocia e, ao mesmo tempo, a LDO 2013 (Lei de Diretrizes Orçamentárias), aprovada pelo Congresso de maioria governista, não prever nenhum reajuste para servidores ativos e aposentados.
Essa greve é uma resposta política dos servidores aos sucessivos cortes no orçamento social que só esse ano representou R$ 55 Bilhões e ao arrocho salarial que a presidenta quer impor aos servidores. Tudo isso para garantir 47,19% do orçamento para a mão dos banqueiros.
O Brasil começa a sentir os primeiros reflexos da crise econômica internacional e as iniciativas do governo até aqui é de defesa dos interesses dos empresários. A presidenta reduziu o IPI dos patrões, mas não os impede de demitir. A GM ameaça demitir a qualquer momento mais de 1500 operários em São José dos Campos (SP) e o silêncio da presidenta está com cara de conivência.
De acordo com a Auditoria Cidadã da Dívida, a participação dos gastos com pessoal no Orçamento vem caindo drasticamente, de 56,2% da Receita da União em 1995 para apenas 32,1% em 2011. Isso se reflete nos salários dos servidores, que em muitos casos sequer tem a reposição da inflação dos últimos anos.
Para piorar, os concursos públicos estão paralisados no governo Dilma e os servidores que se aposentam não são substituídos por novos funcionários. Resultado: aumenta-se o déficit de pessoal no serviço público. Os sindicatos dos servidores apontam que existe a perspectiva que 280 mil servidores se aposentem até 2015. Para se voltar ao nível de 2010, teriam que ser contratados 350 mil servidores. Mas a política do governo vem sendo terceirizar as carreiras de nível intermediário e auxiliar em vez de investir em novas contratações.
A reivindicação geral dos servidores, de 22% de reajuste linear, consumiria R$ 35 bilhões ao ano. Algo como o equivalente a duas semanas de pagamento da dívida pública (R$ 2,1 bilhões por dia, R$ 708 bilhões ao ano).
O PSTU exige que a presidenta Dilma negocie com os servidores em greve e atenda suas reivindicações. É preciso também impedir qualquer demissão na GM ou outras empresas.
O PSTU está lado a lado dos servidores e disponibiliza sua candidatura a prefeito para apoiar essa greve heróica. Nosso candidato Gonzaga 16 é conhecido pelas mobilizações que ajudou a construir em Fortaleza. É por isso que conta com apoio de lideranças sindicais e populares de nossa cidade. Venha fazer parte de uma campanha de luta e socialista, apóie as candidaturas do PSTU.
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